O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu medidas mais rígidas contra parlamentares que promovem obstruções às atividades legislativas. A declaração foi feita após episódios de paralisação dos trabalhos na Casa, registrados no início de agosto.
Durante sessão realizada na terça-feira (19), Motta apoiou a tramitação em regime de urgência de um projeto de resolução que prevê a suspensão de até seis meses do mandato de deputados que se rebelarem por motivos políticos. Segundo ele, é necessário agir com firmeza diante de atitudes que comprometem o funcionamento do Legislativo.
O projeto ainda será discutido com lideranças partidárias antes de ser votado. Motta afirmou que não há necessidade de deliberação imediata, mas reforçou que o tema precisa ser enfrentado. “O relatório pode ser negociado, mas algo precisa ser feito”, disse o presidente da Câmara durante a sessão.
Apesar da defesa por sanções, Motta negou que a proposta tenha como objetivo ampliar os poderes da presidência da Casa. Segundo ele, a intenção é garantir a continuidade dos trabalhos legislativos e preservar o funcionamento institucional.
A proposta surge em meio a tensões entre parlamentares da oposição e a mesa diretora, com episódios de ocupação da tribuna e acusações de agressões físicas. O projeto será analisado pelas comissões internas antes de seguir para votação em plenário.