O governo do Canadá, junto a 28 países — incluindo nações europeias, Japão, Austrália e Nova Zelândia — emitiu uma declaração conjunta nesta segunda-feira (21) condenando o modelo de entrega de ajuda humanitária adotado por Israel na Faixa de Gaza, classificando-o como “perigoso” e “desumano”.
Principais pontos da declaração
- O modelo israelense de distribuição, baseado em “ajuda em gotas”, foi considerado ineficaz e humilhante, privando os civis de dignidade humana
- Mais de 800 palestinos foram mortos enquanto buscavam alimentos e água em pontos de distribuição, segundo dados da ONU e do Ministério da Saúde de Gaza
- Os países exigem que Israel suspenda imediatamente as restrições à entrada de ajuda e permita que a ONU e ONGs atuem com segurança
Críticas ao plano de assentamentos e deslocamento
- Os signatários rejeitam o plano israelense de alterar a demografia de Gaza, incluindo a proposta de criar uma “cidade humanitária” no sul do território
- O plano de assentamentos E1, que dividiria um futuro Estado palestino, foi considerado uma violação flagrante do direito internacional
Acusações e tensões diplomáticas
- Relatos indicam que soldados israelenses teriam recebido ordens para atirar em civis desarmados próximos a centros de ajuda, segundo o jornal Haaretz
- Israel nega as acusações e rejeitou a declaração internacional, alegando que ela “envia a mensagem errada ao Hamas”
- A UNRWA foi proibida de atuar em Israel e nos territórios ocupados desde janeiro de 2025, após acusações não comprovadas de envolvimento com o Hamas
Repercussão internacional
- A declaração foi assinada por países como França, Reino Unido, Canadá, Japão, Itália, Espanha, Suécia e Suíça
- Os signatários afirmam estar dispostos a tomar medidas adicionais para apoiar um cessar-fogo imediato e duradouro e promover um caminho político para a paz.