Câncer colorretal avança entre jovens e preocupa especialistas no Brasil

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Foto: Getty Images / BBC News Brasil

O câncer colorretal tornou-se a terceira maior causa de morte por câncer no mundo, com cerca de 900 mil vítimas anuais e mais de 1,9 milhão de diagnósticos em 2022. No Brasil, a doença ultrapassou os limites etários e tem se manifestado cada vez mais entre pessoas com menos de 50 anos — tendência que dobrou entre 1995 e 2019.

A enfermidade afeta o cólon e o reto, regiões finais do intestino grosso, originando-se a partir de pólipos que podem evoluir para tumores malignos. Os sintomas iniciais costumam ser ignorados: fezes finas, sangue na evacuação, desconforto abdominal e perda de peso inexplicável. Exames como colonoscopia são fundamentais para a detecção precoce, que aumenta as chances de cura.

Os fatores de risco estão fortemente relacionados ao estilo de vida: sedentarismo, excesso de gordura corporal, tabagismo, consumo elevado de álcool e ingestão frequente de carnes processadas e defumadas elevam as chances de desenvolvimento da doença. A substituição desses alimentos por frutas, legumes e cereais integrais, aliada à prática de ao menos 150 minutos semanais de atividade física moderada, figura como principal estratégia preventiva.

Tratamentos incluem cirurgia para remoção do tumor, radioterapia e quimioterapia, dependendo da extensão da doença. Casos avançados podem exigir colostomia definitiva, e a presença de metástases reduz significativamente as possibilidades de cura.

A recente morte da cantora Preta Gil, diagnosticada em janeiro de 2023 com adenocarcinoma retal, reacende o alerta sobre a importância do rastreamento regular e dos hábitos saudáveis como barreiras contra o avanço silencioso do câncer colorretal.

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