A Casa Branca respondeu nesta quinta-feira (17) às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a atuação internacional do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Lula havia criticado a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros e acusado Trump de agir como um “imperador do mundo”, desrespeitando princípios básicos de negociação comercial.
Durante coletiva de imprensa, a porta-voz Karoline Leavitt negou a acusação e afirmou que Trump “não está tentando ser o imperador do mundo”, mas sim exercendo a função de um “líder forte e influente globalmente”. Segundo ela, o aumento de tarifas — como os 50% sobre itens brasileiros — é uma medida para proteger os interesses econômicos dos Estados Unidos.
Leavitt também criticou deficiências regulatórias do Brasil em áreas como proteção à propriedade intelectual e políticas ambientais. Ela apontou que práticas como o desmatamento ilegal colocam empresas e produtores norte-americanos em desvantagem.
Além disso, mencionou que órgãos reguladores dos EUA conduzem uma investigação comercial para avaliar os impactos das regras brasileiras no setor digital, com foco em competitividade e transparência.
Em resposta às medidas e declarações norte-americanas, Lula afirmou que não há crise diplomática, mas reforçou que o Brasil não aceitará imposições. Disse ainda que o país valoriza a relação histórica com os Estados Unidos, mas responderá “no momento certo” à carta enviada pelo governo Trump comunicando as tarifas. O presidente enfatizou que buscará uma saída pacífica e por meio do diálogo.
