Caso Aurora: bebê sofre queimaduras graves durante banho em maternidade no Acre; investigação aponta falha humana

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Foto: Reprodução/Governo do Acre
Foto: Reprodução/Governo do Acre

A recém-nascida Aurora Maria Oliveira Mesquita, nascida em 21 de junho, sofreu queimaduras de 2º e 3º graus durante um banho com água quente na Maternidade de Cruzeiro do Sul (AC). A confirmação veio por meio de laudos médicos do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, onde a bebê está internada desde o dia 25 de junho.

Investigação e responsabilização

O caso, que gerou comoção nacional, está sendo investigado por diversos órgãos:

  • A Polícia Civil instaurou um inquérito e já ouviu servidores da unidade hospitalar. A técnica de enfermagem responsável pelo banho foi afastada
  • A Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre) abriu um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a conduta da profissional
  • O Ministério Público do Acre (MP-AC) e o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) acompanham o caso
  • A suspeita inicial de epidermólise bolhosa, uma doença genética rara, foi descartada após exames clínicos e laboratoriais

Estado de saúde e tratamento

Aurora passou por cirurgia de enxerto de pele nos dedos dos pés, após os médicos constatarem que as lesões atingiram até os ossos. A pele foi retirada da panturrilha da própria bebê para o procedimento. Ela segue internada na UTI neonatal, em estado estável, e apresenta sinais de recuperação.

“Agora seguimos em oração e com esperança para que esse enxerto funcione, que o corpo da nossa guerreirinha aceite e ela se recupere bem”, disse o pai, Marcos Silva Oliveira, emocionado

No início de julho, Aurora enfrentou uma parada cardiorrespiratória de 39 minutos, mas foi reanimada com sucesso pela equipe médica. Dias depois, foi extubada e os pais puderam pegá-la no colo pela primeira vez desde o início da internação.

Consequências e medidas institucionais

O secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, afirmou que, com a confirmação das queimaduras, a técnica envolvida deve ser demitida ao fim do PAD. A Sesacre também anunciou a revisão dos protocolos de segurança nas maternidades do estado.

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