Casos de leucemia mieloide entre jovens crescem 31% em SP

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Foto; Unsplash

O número de atendimentos a pacientes com leucemia mieloide entre 20 e 24 anos aumentou 31% no estado de São Paulo entre 2023 e 2024. Foram registrados 1.185 casos em 2024, frente a 898 no ano anterior. A alta também foi observada em outras faixas etárias: entre 30 e 34 anos, os atendimentos subiram 16,7%, e entre 35 e 39 anos, o crescimento foi de 4,9%.

No total, o estado contabilizou 598.680 internações hospitalares por leucemia mieloide nos dois anos analisados, além de 1.914.370 procedimentos ambulatoriais. A doença afeta as células mieloides, responsáveis pela resposta imunológica do organismo. Existem dois tipos principais: leucemia mieloide aguda (LMA) e leucemia mieloide crônica (LMC).

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A LMA apresenta sintomas rápidos e intensos, como fraqueza, palidez, febre e sangramentos. Já a LMC tem evolução lenta e costuma ser detectada por alterações em exames de rotina. Em casos avançados, pode provocar aumento do baço, fadiga e dificuldade para caminhar.

O hemograma é o principal exame para investigação da doença. Na LMA, pacientes jovens recebem quimioterapia intensiva, enquanto os mais velhos são tratados com terapias menos agressivas, seguidas de transplante de medula óssea. A LMC, embora sem cura, pode ser controlada com medicamentos que inibem a ação de enzimas específicas, garantindo sobrevida próxima à da população geral.

Especialistas apontam que mudanças no padrão alimentar e aumento do consumo de álcool entre jovens podem estar relacionados ao crescimento dos casos, embora não haja causa definida. A detecção precoce continua sendo fator decisivo para o sucesso do tratamento.

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