O cavaleiro australiano Heath Ryan, de 66 anos, está no centro de uma polêmica depois que um vídeo viralizou mostrando-o golpeando repetidamente um cavalo durante uma competição. A Equestrian Australia, federação de hipismo do país, impôs uma suspensão provisória, impedindo Ryan de participar de eventos oficiais enquanto a investigação sobre sua conduta ocorre.
O caso ganhou destaque após imagens mostrarem Ryan desferindo 40 chicotadas no cavalo Nico, de apenas dois anos, durante um evento de adestramento. O vídeo gerou revolta entre defensores dos direitos dos animais e atletas do hipismo, que classificaram a atitude como um caso grave de abuso animal.
Diante da repercussão, a Equestrian Australia emitiu uma nota oficial, determinando que o cavaleiro não poderá competir ou atuar como oficial em qualquer evento regulado pela federação.
“A Equestrian Australia impôs esta tarde uma suspensão provisória da filiação desta pessoa e de seus direitos, privilégios e benefícios associados à sua filiação.”, informou a entidade.
Defesa do cavaleiro e justificativa polêmica
Heath Ryan alegou que sua intenção não era maltratar o animal, mas sim salvá-lo da morte. Segundo ele, o cavalo poderia ser sacrificado caso não aprendesse a obedecer os treinadores.
“Estou muito triste que isso tenha sido gravado em vídeo. Se eu estivesse pensando em mim mesmo, teria simplesmente descido e mandado Nico para o abatedouro. Aquilo foi um momento de vida ou morte para ele.”, justificou Ryan.
A explicação do atleta, no entanto, não foi bem recebida pelo público e por especialistas em bem-estar animal, que argumentam que violência nunca pode ser considerada um método de treinamento adequado.
A federação agora analisa as imagens e os depoimentos, podendo aplicar punições mais severas, como o banimento definitivo do esporte para Ryan. Além disso, grupos de defesa animal avaliam a possibilidade de ações judiciais contra o cavaleiro por maus-tratos.
A repercussão internacional do caso pode influenciar outras federações de hipismo ao redor do mundo a reforçar regras contra maus-tratos e aumentar a fiscalização sobre métodos utilizados em competições.