O embaixador Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República, será recebido nesta quarta-feira (3) pelo ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, em Pequim. A reunião ocorre logo após o grandioso desfile militar na Praça da Paz Celestial, que marcou os 80 anos da vitória chinesa sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial. O evento reuniu 26 líderes mundiais, incluindo os presidentes da Rússia, Coreia do Norte, Belarus, Irã e Mianmar, além da presidente do Banco dos BRICS, Dilma Rousseff.
Embora o governo brasileiro não tenha divulgado os temas específicos da conversa entre Amorim e Wang Yi, fontes próximas ao diplomata apontam o encontro como um movimento estratégico para aprofundar os laços bilaterais. A visita acontece em um momento de destaque para a diplomacia chinesa, que recebeu figuras centrais da geopolítica global, como Vladimir Putin e Kim Jong-un, em um gesto simbólico de fortalecimento de alianças.
Diplomacia em alta escala
O desfile militar, além de celebrar a vitória histórica da China, serviu como palco para uma demonstração de poder e influência internacional. Foi a primeira vez que os líderes da China, Rússia e Coreia do Norte participaram juntos de um evento dessa magnitude, sinalizando uma nova fase nas dinâmicas de poder global.
Reações internacionais
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou o evento em sua rede Truth Social, lembrando o apoio norte-americano à China durante a Segunda Guerra Mundial. Trump também enviou cumprimentos a Putin e Kim Jong-un, em uma publicação que reflete o clima de tensão e reposicionamento estratégico entre as grandes potências.
Brasil e China: aproximação contínua
A reunião entre Amorim e Wang Yi reforça o compromisso do Brasil com o diálogo multilateral e o fortalecimento das relações com a China, especialmente em um cenário internacional cada vez mais complexo e polarizado. O encontro é visto como parte dos esforços brasileiros para manter relevância diplomática e ampliar sua atuação em fóruns globais como os BRICS.