A cheia de 2025 provocou impactos severos em mais de 530 mil moradores do Amazonas, com 40 dos 62 municípios em estado de emergência. O Rio Negro, que deveria iniciar a vazante no mês de julho, continua subindo e registrou 29,04 metros na sexta-feira (4), índice semelhante ao das grandes enchentes de 2014 e 2009.
Em Manaus, bairros como Educandos, São Jorge e Mauazinho recebem ações emergenciais, como a construção de pontes provisórias e distribuição de cestas básicas. Segundo a Defesa Civil, não há previsão de retirada de famílias, pois as estruturas temporárias garantem mobilidade e segurança.
A cheia se estende a cidades como Itacoatiara, Manacapuru e Parintins, onde os rios apresentam níveis até 10 metros acima dos mínimos registrados em 2024. O fenômeno é causado por chuvas intensas na parte norte da bacia amazônica e pelo represamento natural das águas do Rio Solimões, que impede a descida do Negro.
Mais de 580 toneladas de alimentos já foram enviadas pelo governo estadual, junto com caixas d’água, kits de higiene e uma estação móvel de tratamento. Na educação, alunos de quatro municípios seguem com aulas remotas.
Pesquisadores avaliam que a estabilidade dos níveis indica uma iminente transição para a vazante, embora o cenário ainda exija monitoramento contínuo.
