O governo do Chile revogou, nesta sexta-feira (2), as ordens de evacuação emitidas para a região sul de Magalhães, após concluir que o forte terremoto registrado na costa não representa mais ameaça de um grande tsunami, como se temia inicialmente.
“Optamos por manter a precaução, mas de maneira mais restrita”, declarou o ministro do Interior, Alvaro Elizalde, em entrevista coletiva.
Ele também pediu que a população permaneça atenta a novas orientações, já que as autoridades seguem monitorando a situação de forma contínua.
Mais cedo, o Escritório Nacional de Emergência (Senapred) havia alertado para o risco de tsunami após um tremor de magnitude 7,5 atingir a região, com epicentro localizado a cerca de 218 km ao sul de Puerto Williams — cidade situada mais de 2 mil km ao sul da capital, Santiago. Até o momento, não há registro de feridos ou danos estruturais.
Segundo projeções anteriores do governo, as ondas causadas pelo terremoto poderiam atingir estações na Antártica ainda na manhã de sexta-feira, alcançar Puerto Williams à tarde e, por fim, chegar à cidade de Punta Arenas nas primeiras horas de sábado.
Natural de Punta Arenas, o presidente Gabriel Boric informou, por meio da plataforma X (antigo Twitter), que convocou uma reunião emergencial do Comitê de Gestão de Riscos de Desastres (Cogrid) para coordenar as ações de resposta. Ele reforçou o compromisso do governo em mobilizar todos os recursos necessários.
Conhecido por sua alta atividade sísmica, o Chile é um dos países mais vulneráveis a terremotos no mundo. “Neste momento, nosso dever é agir com responsabilidade, adotando medidas preventivas e seguindo as orientações das autoridades”, escreveu Boric.
Fonte: Redação