China critica tarifas dos EUA e propõe parceria com Canadá

2 Min de leitura
China - EUA - Fonte: Times Brasil

O governo chinês manifestou nesta sexta-feira (11) críticas diretas às tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, classificando-as como medidas “indiscriminadas” e prejudiciais à ordem econômica global. A declaração foi feita pelo ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, durante encontro com a chanceler canadense Anita Anand, realizado em Kuala Lumpur, Malásia, à margem da reunião da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

Wang Yi afirmou que as taxas elevadas aplicadas por Washington têm impacto negativo sobre países pequenos e pobres, e que a política norte-americana mina o crescimento econômico internacional. Ele defendeu o multilateralismo e o livre comércio, destacando que a China isenta de tarifas 100% dos produtos provenientes de nações menos desenvolvidas.

Durante o diálogo, o ministro chinês comentou que os laços entre China e Canadá passaram por instabilidades nos últimos anos, mas indicou que não existem disputas territoriais ou geopolíticas entre os dois países — fator que pode facilitar o estreitamento das relações. Wang Yi reforçou que os dois países “podem se tornar parceiros na realização mútua”.

A China também criticou o uso excessivo do conceito de segurança nacional por parte dos EUA como argumento para reprimir empresas chinesas. Pequim solicitou que o governo canadense mantenha um ambiente aberto para investimentos chineses, com garantias comerciais e institucionais.

A chanceler Anita Anand declarou que o Canadá valoriza o relacionamento com a China e citou o recente encontro entre os primeiros-ministros dos dois países como um passo positivo para retomar o diálogo bilateral. Ambas as partes indicaram interesse em explorar áreas de cooperação futura, embora divergências comerciais e diplomáticas persistam.

As declarações ocorrem em meio a um ambiente global marcado por tensões comerciais crescentes, especialmente após a confirmação das tarifas de até 50% dos EUA contra países como Brasil, China, Japão e Canadá, com potenciais impactos sobre o equilíbrio do comércio internacional.

Compartilhar