A China encerrou o primeiro semestre de 2025 com um superávit comercial histórico de US$ 586 bilhões, impulsionado pela diversificação das exportações para mercados além dos Estados Unidos. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (14) pela Administração Geral das Alfândegas.
Exportações em alta, EUA em queda
- As exportações chinesas cresceram 5,8% em junho, totalizando US$ 325 bilhões — acima das expectativas dos analistas.
- As importações subiram 1,1%, marcando o primeiro avanço desde fevereiro.
- As exportações para os EUA caíram 16,1% em relação a junho de 2024, embora a queda tenha sido menor que os 34% registrados em maio.
- A redução das tarifas americanas — de 145% para cerca de 55% — contribuiu para essa desaceleração na retração.
Asean impulsiona crescimento
O principal motor do crescimento foi o aumento das exportações para o bloco Asean, formado por dez países do Sudeste Asiático. Em junho, essas vendas cresceram 17% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Declaração oficial
Durante coletiva de imprensa, Wang Lingjun, vice-diretor da Administração Geral das Alfândegas, afirmou:
“O comércio chinês resistiu à pressão e avançou no primeiro semestre do ano. Mas devemos considerar que o unilateralismo e o protecionismo estão crescendo em nível global, e o ambiente externo está se tornando mais complexo, sombrio e incerto”.