Citi registra lucro recorde no Brasil no primeiro semestre

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Citigroup - Foto: Reuters

O Citigroup anunciou um lucro líquido de R$ 1,3 bilhão no Brasil no primeiro semestre de 2025, o maior já registrado pela instituição no país. O resultado representa uma alta de 45% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho foi impulsionado principalmente por receitas provenientes de operações de câmbio, derivativos, gestão de caixa e pagamentos.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) do banco subiu de 14% para 20%, superando a média histórica da instituição, que gira entre 17% e 18%. Segundo o presidente do Citi no Brasil, Marcelo Marangon, esse crescimento está relacionado ao foco em serviços financeiros recorrentes, menos dependentes da atividade econômica.

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A carteira de crédito corporativo do banco se manteve estável em R$ 49 bilhões. Já os ativos totais caíram 11%, encerrando junho em R$ 189 bilhões. Essa redução foi atribuída à nova instrução do Banco Central (nº 4.966), que reclassificou ativos, especialmente os relacionados ao câmbio. Sem essa reclassificação, os ativos teriam crescido 4%.

Os depósitos do Citi no Brasil cresceram 17% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 84 bilhões. A inadimplência permaneceu baixa, em 0,8% da carteira. Marangon destacou que a maior parte dos clientes possui relacionamento de longo prazo com o banco, o que contribui para a estabilidade dos indicadores de risco.

O cenário para o segundo semestre é de um cenário mais desafiador, com juros ainda elevados e demanda contida por crédito. No mercado de fusões e aquisições, há negociações em andamento, mas muitas podem ser adiadas para 2026. O Citi participou de 13 das 20 operações de renda fixa internacional realizadas no primeiro semestre.

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O Brasil figura entre os cinco maiores mercados globais do Citi, e a instituição planeja manter o crescimento anual de dois dígitos. Investimentos já foram aprovados para os próximos três anos.

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