Commodities impulsionam alta do IGP-DI em agosto, apesar de queda no consumo

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REUTERS/Rodolfo Buhrer
REUTERS/Rodolfo Buhrer

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,20% em agosto, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado representa uma reversão em relação à queda de 0,07% observada em julho, embora tenha ficado abaixo da expectativa de mercado, que previa avanço de 0,37%.

A principal força por trás da aceleração foi o aumento nos preços de commodities agrícolas no atacado, como soja (+3,77%), café (+12,98%) e milho (+2,15%), que haviam apresentado quedas no mês anterior. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), responsável por 60% da composição do IGP-DI, subiu 0,35% em agosto, após recuar 0,34% em julho.

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No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que representa 30% do indicador, caiu 0,44%, revertendo a alta de 0,37% registrada no mês anterior. Seis das oito categorias de despesa apresentaram desaceleração, com destaque para Educação, Leitura e Recreação (-1,79%) e Habitação (-0,80%).

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), que responde por 10% do IGP-DI, desacelerou para 0,52%, ante 0,91% em julho. A queda foi observada em todos os três grupos que compõem o índice: materiais, serviços e mão de obra.

Segundo o economista André Braz, da FGV IBRE, o avanço do índice reflete pressões específicas de oferta e demanda no setor agrícola, além de reajustes em planos de saúde e alimentação fora do lar.

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O IGP-DI é calculado com base nos preços ao produtor, consumidor e na construção civil, entre o primeiro e o último dia de cada mês de referência.

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