Em 2024, metade das demissões registradas no Brasil teve como principal causa questões comportamentais, superando fatores como automação e cortes de custos. O dado foi revelado por um levantamento nacional que envolveu milhares de estudantes, ex-alunos e empresas de recrutamento.
A pesquisa apontou que atitudes negativas no ambiente de trabalho, como dificuldade de convivência, baixa inteligência emocional e resistência ao feedback, foram determinantes para o desligamento de profissionais. A tendência reflete uma mudança nas exigências do mercado, que passou a valorizar não apenas competências técnicas, mas também habilidades interpessoais.
Entre as competências mais valorizadas pelas empresas no último ano estão comunicação oral, planejamento, solução de problemas, gestão de conflitos e comunicação escrita. Em comparação com o período pós-pandemia, houve uma queda na priorização de habilidades técnicas e um aumento na busca por profissionais capazes de se adaptar e colaborar.
O estudo também revelou que 76% dos participantes estão investindo na aquisição de novos conhecimentos, com foco em manter a empregabilidade. Além disso, 16% das empresas priorizam candidatos que demonstram interesse em atualização constante.
A rápida transformação do mercado exige dos profissionais uma postura proativa diante das mudanças. A capacidade de aprender, se reinventar e contribuir com o coletivo passou a ser vista como essencial para o desempenho organizacional e a sustentabilidade das equipes.