Movimentações incomuns no mercado de câmbio, registradas horas antes do anúncio da tarifa de 50% dos Estados Unidos contra produtos brasileiros, acenderam alertas sobre possível uso de informações privilegiadas. Às 13h30 do dia 9 de julho, aproximadamente US$ 3 bilhões foram comprados por investidores em Nova York, antes do comunicado oficial feito às 16h17 pelo presidente Donald Trump.
Minutos após a publicação, os mesmos agentes venderam dólares com lucro de até 50% em três horas, aproveitando a valorização da moeda provocada pela surpresa do mercado. A operação não foi considerada padrão e coincidiu com comportamento semelhante durante medidas tarifárias anteriores contra países como África do Sul, México e União Europeia.
Especialistas apontam que apenas participantes com acesso prévio à decisão presidencial teriam condições de realizar transações com tal precisão. No entanto, órgãos reguladores não divulgaram os nomes ou vínculos dos responsáveis pelas ordens bilionárias.
Parlamentares da oposição norte-americana cobraram investigações sobre favorecimento financeiro, mas nenhuma apuração formal foi aberta até o momento. Transações com informação privilegiada representam crime federal nos Estados Unidos, embora o controle de instituições investigativas esteja atualmente sob comando direto da gestão Trump.