A cidade de Sweida, no sul da Síria, viveu um dos episódios mais violentos de sua história recente com o confronto entre milícias drusas e tribos beduínas, que deixou pelo menos 37 mortos e cerca de 100 feridos, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos. O Ministério da Defesa confirmou que 16 membros das novas forças de segurança também morreram durante a tentativa de conter os combates.
O que desencadeou a violência
- A tensão explodiu após o sequestro de um comerciante druso na sexta-feira (11), na estrada entre Damasco e Sweida.
- Em resposta, milícias drusas realizaram ataques de retaliação, levando a uma escalada de violência dentro da própria cidade — algo inédito até então.
- O bairro de Maqwas, habitado por beduínos, foi um dos focos dos confrontos.
Resposta do governo e cenário atual
- O governo sírio mobilizou tropas para restaurar a ordem e garantir a evacuação de civis.
- A rodovia Damasco–Sweida foi fechada por segurança.
- O Ministério da Educação adiou exames escolares na região devido à instabilidade.
Contexto político e preocupações com minorias
Desde a queda de Bashar al-Assad em dezembro de 2024, grupos minoritários como os drusos têm expressado preocupação com sua segurança sob o novo governo, dominado por forças islamistas. A falta de representação política e o aumento de episódios violentos têm alimentado o temor de um êxodo religioso e de uma nova onda de conflitos sectários.