O Congresso Nacional tem aumentado a pressão sobre o governo federal para reduzir despesas, dificultando a aprovação de medidas que aumentem a arrecadação. O Palácio do Planalto vê essa movimentação como uma tentativa de forçar cortes de gastos, enquanto parlamentares acusam o governo de estar se esquivando do ajuste fiscal.
Resistência às propostas do governo
Uma das principais discussões ocorre em torno da possível elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Parlamentares têm resistido à ideia, argumentando que novas taxações seriam impopulares às vésperas das eleições de 2026.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria expressado pessimismo quanto à possibilidade de o Congresso ceder às propostas do Ministério da Fazenda, liderado por Fernando Haddad. Segundo fontes, há um entendimento de que qualquer projeto que envolva aumento de impostos enfrentará forte oposição, já que parlamentares buscam evitar medidas que impactem negativamente sua base eleitoral.
Medidas alternativas em debate
Durante reuniões recentes, Haddad teria mencionado a necessidade de revisar correções em programas como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). No entanto, deixou claro que qualquer ajuste precisaria ser feito de forma conjunta, para evitar a concentração de desgaste político apenas no Executivo.
A falta de consenso entre governo e Congresso indica que nenhuma das partes quer assumir a responsabilidade por medidas impopulares antes do pleito eleitoral.
Impasses e expectativas futuras
O cenário aponta para um período de estagnação na tomada de decisões sobre ajuste fiscal. Com a proximidade das eleições, congressistas e líderes do governo evitam se comprometer com cortes de gastos ou aumento de impostos, deixando essa pauta para um possível debate mais aprofundado em 2027.
Esse impasse reflete a dinâmica política em tempos eleitorais, onde decisões econômicas de grande impacto costumam ser adiadas para evitar desgastes entre eleitores e partidos.
