Conselheiro de Trump chama Moraes de “ameaça à democracia” e governo dos EUA pressiona STF

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Jason Miller (Foto: Andrew Harnik/Pool/Reuters)

O conselheiro do presidente norte-americano Donald Trump, Jason Miller, fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (9), após o magistrado votar pela condenação de Jair Bolsonaro no julgamento da chamada trama golpista. Em publicação na rede social X, Miller afirmou que Moraes representa “a maior ameaça à democracia no Hemisfério Ocidental” e o chamou de “gângster de terceira categoria”, acusando-o de usar “guerra jurídica” para impedir Bolsonaro de disputar futuras eleições.

A declaração foi acompanhada da hashtag #LibertemBolsonaro e repostada em resposta a uma publicação do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que também criticava o voto de Moraes. O julgamento, que envolve 31 réus, já conta com dois votos favoráveis à condenação — de Moraes e Flávio Dino — e aguarda os posicionamentos de Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

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 Pressão internacional e ameaças diplomáticas

Além das críticas públicas, o governo Trump elevou o tom contra o STF. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que os Estados Unidos “não têm medo de usar seu poder econômico e militar para proteger a liberdade de expressão em todo o mundo”, ao ser questionada sobre o julgamento de Bolsonaro. A embaixada americana também teria sinalizado descontentamento com o processo, segundo fontes próximas à Corte.

As penas previstas para Bolsonaro e outros réus podem ultrapassar 40 anos de prisão, caso sejam condenados por envolvimento na tentativa de golpe. A escalada de tensões entre o governo brasileiro e autoridades norte-americanas levanta preocupações sobre possíveis impactos diplomáticos e institucionais.

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais
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