Jason Miller, conselheiro do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, fez declarações contundentes contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil. Em uma publicação no X (antigo Twitter), Miller afirmou que Moraes é “a maior ameaça à democracia no Hemisfério Ocidental”. A crítica veio após uma entrevista de Moraes ao jornal norte-americano The New Yorker, na qual o magistrado discutiu o impacto das mídias sociais na política e os desafios enfrentados por democracias modernas.
Na entrevista, Moraes descreveu o fenômeno do “novo populismo digital extremista”, que ele considera altamente estruturado e inteligente. Segundo o ministro, tanto o Brasil quanto os Estados Unidos ainda não aprenderam a lidar com essa nova realidade. Ele destacou que as mídias sociais, inicialmente desenvolvidas para fins econômicos, foram redirecionadas para o poder político, criando desafios significativos para a democracia. Moraes chegou a afirmar que, se figuras históricas como Joseph Goebbels tivessem acesso às plataformas digitais atuais, o impacto seria devastador.
Miller, que já esteve no Brasil em 2021 para participar da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), organizada pelo deputado Eduardo Bolsonaro, também criticou a postura de Moraes em relação às investigações sobre o financiamento de manifestações políticas. Durante sua visita ao Brasil, Miller se reuniu com o então presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Ele é fundador da rede social Gettr e atualmente atua como conselheiro na campanha eleitoral de Trump.
As declarações de Miller geraram debates sobre o papel das mídias sociais na política e os desafios enfrentados por democracias modernas. Enquanto Moraes defende a necessidade de regulamentação e controle das plataformas digitais, críticos como Miller apontam para possíveis excessos e riscos à liberdade de expressão.
O STF ainda não se manifestou sobre as declarações de Miller, mas o espaço segue aberto para respostas. A entrevista de Moraes ao The New Yorker continua a repercutir, levantando questões sobre o equilíbrio entre liberdade de expressão e proteção democrática em um mundo cada vez mais conectado.
Fonte: Redação