COP30 propõe protagonismo de comunidades vulneráveis na ação climática

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O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30. — Foto: Fernando Donasci/MMA

O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, divulgou nesta terça-feira (12) a quinta carta oficial da conferência à comunidade internacional. No documento, ele afirma que as populações mais afetadas pela crise climática devem ser reconhecidas como protagonistas da transformação ambiental. A proposta é que a conferência, marcada para novembro em Belém, funcione como um “ritual de passagem” para um modelo climático mais justo e inclusivo.

A carta enfatiza o papel de mulheres, jovens, povos indígenas, comunidades tradicionais, afrodescendentes e trabalhadores expostos aos impactos do aquecimento global. Segundo Corrêa do Lago, esses grupos não devem ser vistos apenas como vítimas, mas como líderes vivos da resiliência e da regeneração. O texto destaca que essas populações carregam saberes únicos e estão na linha de frente da mitigação e adaptação climática.

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Prioridades para a conferência em Belém

A presidência da COP30 definiu três eixos prioritários para orientar as negociações:

  • Reforço do multilateralismo e do regime climático da ONU (UNFCCC);
  • Conexão entre a agenda climática e a vida cotidiana das pessoas;
  • Aceleração da implementação do Acordo de Paris, com ajustes estruturais em instituições relevantes.

Paralelamente à divulgação da carta, o Observatório do Clima alertou sobre dificuldades logísticas em Belém, especialmente relacionadas à hospedagem. A entidade afirmou que os altos custos e a falta de infraestrutura podem comprometer a participação de delegações, observadores e representantes da sociedade civil. Segundo o grupo, o risco é de que a COP30 se torne “a mais excludente da história”, prejudicando o avanço das negociações climáticas.

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