Setores relevantes do empresariado brasileiro manifestaram irritação com as recentes ações do ex-presidente Jair Bolsonaro e do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Antigos aliados políticos, os empresários comunicaram a líderes do Centrão que desejam se afastar do ex-mandatário, em razão do que classificam como comportamento prejudicial aos interesses nacionais.
Segundo relatos de figuras do setor privado, Bolsonaro e seus filhos estariam colocando em risco o mercado internacional ao adotar posturas radicais em disputas políticas. Empresários anteriormente alinhados ao ex-presidente acusam o grupo de “rifar o país” em nome de projetos pessoais.
Representantes industriais alertam para potenciais perdas comerciais e criticam a associação do conflito diplomático com processos judiciais enfrentados por Bolsonaro.
O episódio também levou o setor a aprovar mudanças de postura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que passou a atuar diretamente para mitigar os efeitos da sanção norte-americana. Empresários afirmam que o governador sinaliza compromisso com a agenda econômica e se distancia da “radicalização” atribuída ao núcleo político bolsonarista.
Fontes empresariais enfatizam que políticos devem priorizar o país e seus compromissos comerciais, e não proteger aliados sob investigação. O apoio explícito de Bolsonaro ao filho Eduardo, diante das tensões externas, foi criticado como falta de responsabilidade institucional.
A ruptura entre parte da elite empresarial e o grupo bolsonarista pode impactar futuras alianças políticas e o ambiente de negociação no Congresso. Lideranças do Centrão são pressionadas a considerar o desgaste nas suas articulações com o ex-presidente.