Damares defende Michelle como nova líder da oposição

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Eleita senadora, Damares Alves é um dos nomes cotados por bolsonaristas para tentar a presidência da casa em 2023 — Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou nesta sexta-feira (18) que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deve assumir o protagonismo da oposição após as medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As declarações foram feitas durante coletiva de imprensa com lideranças da oposição, após visita de Damares à residência do casal em Brasília, onde ocorreu busca e apreensão autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Segundo Damares, Michelle foi alvo de constrangimento durante a operação da Polícia Federal, realizada com agentes fortemente armados. A senadora alegou que a abordagem representou uma tentativa de humilhação à família:

“O nosso líder vai se silenciar por algum momento, por uma imposição da Suprema Corte. Mas nós somos milhões de Bolsonaros. O que fizeram com a esposa de Bolsonaro?”, declarou.

Liderança conservadora

Damares destacou que a adversidade revelou o surgimento de uma nova liderança:

“Da humilhação nasceu uma grande líder. Bolsonaro vai se calar, e quem vai nos conduzir neste momento é a maior líder da oposição, a maior líder da nação conservadora”, disse.

Michelle Bolsonaro ainda não se pronunciou oficialmente.

Medidas impostas a Bolsonaro

Entre as determinações judiciais definidas por Moraes, o ex-presidente deverá:

  • Utilizar tornozeleira eletrônica com monitoramento
  • Cumprir recolhimento domiciliar entre 19h e 7h
  • Evitar contato com redes sociais
  • Não se comunicar com diplomatas estrangeiros ou outros investigados, inclusive Eduardo Bolsonaro

Durante as buscas, a PF encontrou cerca de US$ 14 mil, R$ 8 mil em espécie e um pen drive escondido. Os itens serão analisados no curso das investigações que envolvem suspeitas de obstrução da Justiça, coação no curso do processo e atentado à soberania nacional, com penas que podem ultrapassar 20 anos de prisão.

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