Defesa de Bolsonaro reage a indiciamento por coação e tentativa de golpe

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Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou ter sido surpreendida com o indiciamento por crime de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. A Polícia Federal aponta que Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, teriam atuado junto ao governo dos Estados Unidos com o objetivo de submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) à influência de um Estado estrangeiro.

O indiciamento foi anunciado após a divulgação de mensagens e áudios encontrados no celular de Bolsonaro. Nas conversas, o ex-presidente condiciona a aprovação de anistia aos condenados por envolvimento em atos golpistas à retirada de tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Os diálogos envolvem também o pastor Silas Malafaia e Eduardo Bolsonaro.

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Em nota, os advogados de Bolsonaro afirmaram que os elementos apresentados serão esclarecidos dentro do prazo estipulado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. A defesa também declarou que não houve descumprimento de medidas cautelares previamente impostas.

O ministro Moraes determinou que a defesa preste esclarecimentos em até 48 horas sobre informações obtidas pela Polícia Federal. Entre os pontos exigidos estão explicações sobre o pedido de asilo político feito por Bolsonaro ao presidente da Argentina, Javier Milei, e sobre o contato com o general Braga Netto, com quem o ex-presidente estava proibido de se comunicar.

A decisão judicial também menciona a reiteração de condutas ilícitas e o risco de fuga, o que motivou a intimação da defesa para justificar os atos atribuídos ao ex-presidente.

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