Defesa de Filipe Martins compara julgamento à crucificação de Jesus

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Sebastião Coelho, advogado de Filipe Martins

Nesta terça-feira (22), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) avalia a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra seis pessoas acusadas de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. Entre os denunciados está Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais do governo Bolsonaro.

Durante a defesa, o advogado Sebastião Coelho fez uma analogia entre o sofrimento de seu cliente e a crucificação de Jesus Cristo, mencionando a celebração da Páscoa e citando um trecho bíblico. Segundo ele, Martins estaria sendo injustamente perseguido desde fevereiro de 2024 e pediu que os ministros do STF rejeitassem a denúncia.

Outro advogado de defesa, Marcelo Almeida Sant’Anna, argumentou que não teve acesso completo aos autos do processo e solicitou esclarecimentos sobre as provas apresentadas pela PGR.

Acusações contra os denunciados

Os seis acusados fazem parte do chamado “núcleo 2” da denúncia e são investigados por crimes como:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Tentativa de golpe de Estado
  • Dano qualificado
  • Deterioração de patrimônio tombado
  • Envolvimento em organização criminosa armada

Além de Filipe Martins, os outros denunciados são:

  • Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF)
  • Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro
  • Marília Ferreira de Alencar, delegada da Polícia Federal e ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça
  • Fernando de Sousa Oliveira, delegado da PF e ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça
  • Mario Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência

Caso a denúncia seja aceita pelo STF, os seis acusados se tornarão réus e passarão a responder a uma ação penal. O julgamento ocorre em meio a debates sobre a responsabilização de envolvidos nos eventos de 2022 e pode ter impacto significativo no cenário político.

Fonte: Redação

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