O Brasil registrou saldo negativo de US$ 5,131 bilhões nas transações correntes em junho, ampliando em 52% o déficit em relação ao mesmo mês de 2024, que foi de US$ 3,368 bilhões. O resultado é atribuído à queda no superávit comercial e ao aumento dos gastos com serviços e renda primária.
O superávit comercial recuou US$ 375 milhões, enquanto o déficit na renda primária, que inclui pagamento de juros e dividendos, aumentou US$ 1,3 bilhão. O setor de serviços também apresentou deterioração, com ampliação de US$ 159 milhões no déficit. Por outro lado, a renda secundária composta principalmente por remessas apresentou crescimento de US$ 33 milhões.
No acumulado de 12 meses até junho, o déficit das contas externas alcançou US$ 73,135 bilhões, representando 3,42% do Produto Interno Bruto. Este montante é US$ 28,893 bilhões superior ao registrado no mesmo intervalo encerrado em junho do ano anterior.
Apesar do cenário desfavorável, o Banco Central reforçou que o financiamento externo continua sustentado por capitais de longo prazo, com destaque para os investimentos diretos no país.