Democratas dos EUA acusam Trump de interferir na justiça brasileira após condenação de Bolsonaro

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(Foto: REUTERS/Jonathan Ernst)
(Foto: REUTERS/Jonathan Ernst)

Deputados democratas dos Estados Unidos divulgaram, na noite de quinta-feira (11), uma carta em resposta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que o considerou culpado por conspirar para derrubar o resultado das eleições de 2022. No documento, os parlamentares acusam o presidente Donald Trump de adotar medidas que enfraquecem as instituições democráticas brasileiras.

Segundo os deputados Gregory W. Meeks, Joaquin Castro e Sydney Kamlager-Dove, Trump teria imposto tarifas de 50% sobre exportações brasileiras como forma de pressionar o sistema judicial brasileiro e proteger Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão.

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 Críticas à postura de Trump e impacto comercial

“O sistema judiciário brasileiro concluiu o processo criminal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e o considerou culpado de conspirar para derrubar os resultados das eleições presidenciais de 2022”, afirmam os congressistas. Para eles, os Estados Unidos deveriam apoiar a democracia brasileira, e não miná-la com sanções comerciais.

Os parlamentares acusam Trump de iniciar uma “guerra comercial” com o Brasil, o que teria prejudicado não apenas as relações bilaterais, mas também a economia americana. “As famílias americanas foram afetadas pelo que são, na prática, impostos”, diz o texto. Eles também alertam que, diante do conflito, o Brasil intensificou suas exportações para a China, reduzindo os laços comerciais com os EUA.

 Apelo por suspensão das tarifas

Na carta, os deputados pedem que Trump encerre “imediatamente seus esforços para minar a democracia brasileira” e suspenda as tarifas impostas contra o Brasil. “Só então poderemos trabalhar para reconstruir essa parceria fundamental”, concluem os signatários.

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A condenação de Bolsonaro também provocou reações no Executivo americano. O secretário de Estado, Marco Rubio, classificou a decisão do STF como injusta e prometeu uma resposta “adequada a esta caça às bruxas”.

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