O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8% no trimestre encerrado em junho de 2025. Este é o menor índice registrado desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. A queda ocorre após a reponderação da pesquisa, que passou a utilizar estimativas populacionais atualizadas com base no Censo 2022.
A nova estimativa populacional aponta que o Brasil tem cerca de 212,6 milhões de habitantes, número inferior aos 216,9 milhões anteriormente utilizados. Essa revisão impacta diretamente o cálculo de indicadores como a taxa de desocupação, que é obtida pela divisão do número de desocupados pela força de trabalho.
Em comparação ao mesmo período de 2024, a população ocupada aumentou em 2,4 milhões de pessoas, totalizando 102,3 milhões. A renda média real subiu para R$ 3.477, um crescimento de 3,3%. A massa de rendimento real também avançou, atingindo R$ 351,2 bilhões — alta de 5,9% em relação ao ano anterior.
A redução de 1,2 ponto percentual na taxa de desemprego desde março (de 7% para 5,8%) foi influenciada por um crescimento modesto da força de trabalho (0,46%) frente ao aumento expressivo de ocupados (1,8%) e à queda no número de desocupados (17,35%). Essa combinação resultou em uma queda desproporcional na taxa de desocupação.
Apesar da melhora nos indicadores formais, o número de trabalhadores informais permanece alto. O total é de 38,7 milhões, representando 37,8% da força de trabalho — índice estável em relação ao trimestre anterior e ligeiramente inferior ao mesmo período de 2024.