Dino critica fragmentação de provas e usa metáfora do “boi esquartejado” no STF

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Foto: Antonio Augusto/ST

Durante sessão de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Flávio Dino utilizou uma metáfora incomum para rebater críticas sobre o volume de provas reunidas contra os réus acusados de tentativa de golpe de Estado. Ao comentar os questionamentos das defesas sobre suposto “excesso probatório”, Dino comparou a análise fragmentada das evidências à tentativa de identificar um boi a partir de seus pedaços isolados.

Segundo o ministro, dividir o conjunto de provas e avaliar cada item separadamente pode levar a conclusões equivocadas. Ele exemplificou dizendo que “pedir para o pedaço do boi mugir” não comprova que o animal existe, reforçando que a interpretação jurídica deve considerar o acervo probatório como um todo. Dino classificou essa abordagem como uma falácia que ignora a lógica da construção de provas em processos complexos.

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Além da metáfora, o ministro defendeu a aplicação igualitária da lei, afirmando que os critérios utilizados para julgar cidadãos comuns devem ser os mesmos aplicados a autoridades públicas. Ele destacou que a justiça só se concretiza quando há equilíbrio na responsabilização, independentemente da posição social ou política do acusado.

A fala de Dino ocorreu em meio ao julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus, acusados de envolvimento em atos contra as instituições democráticas. A sessão também contou com o voto da ministra Cármen Lúcia, que reforçou a existência de provas consistentes e se posicionou pela condenação dos envolvidos.

A metáfora do “boi esquartejado” rapidamente repercutiu nas redes sociais e foi interpretada como uma crítica direta às estratégias de defesa que tentam desqualificar o conjunto probatório por meio da análise isolada de elementos.

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