Diplomatas cobram roteiro para telefonema entre Lula e Trump

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Donald Trump e Lula (Foto: Reuters | ABR)

Integrantes do Ministério das Relações Exteriores defendem que qualquer telefonema entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump seja precedido por um acordo detalhado entre emissários de ambos os governos. A medida busca evitar situações embaraçosas como as ocorridas com líderes da Ucrânia e da África do Sul, que enfrentaram constrangimentos em conversas recentes com o norte-americano.

A tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos aumentou após o anúncio de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados, prevista para entrar em vigor na sexta-feira, dia 1º. Diante disso, senadores brasileiros em missão em Washington sugeriram o contato direto entre os presidentes, mas diplomatas alertam que a imprevisibilidade de Trump exige preparação minuciosa.

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O chanceler Mauro Vieira está nos Estados Unidos e indicou disposição para negociar pessoalmente com representantes do governo norte-americano, embora ainda não haja confirmação de reuniões oficiais em Washington. Segundo interlocutores, o Brasil reitera disposição para discutir tarifas, mas recusa incluir questões sobre soberania nacional na pauta, como sugerido em carta enviada por Trump mencionando processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

No Planalto, assessores afirmam que uma conversa sem alinhamento prévio pode gerar danos diplomáticos e comprometer os avanços comerciais buscados pelo Brasil. A expectativa é que, com esforços simultâneos de diplomacia e articulação política, seja possível evitar uma escalada de tensão bilateral.

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