Dólar sobe, mas permanece abaixo de R$ 5,50; Ibovespa recua

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Notas de dólar. — Foto: Luisa Gonzalez/ Reuters

Nesta terça-feira (17 de junho), o dólar à vista registrou alta de 0,18%, sendo negociado a R$ 5,4972 na venda. Apesar da valorização, a moeda segue abaixo dos R$ 5,50, refletindo incertezas no cenário internacional e interno. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuou 0,30%, fechando o dia em 138.840,02 pontos.

Tensão geopolítica e decisão do Fed impactam o mercado

Os investidores seguem atentos à escalada das tensões no Oriente Médio, após um ataque surpresa de Israel que resultou na morte de altos comandantes militares iranianos. Teerã ameaça retaliar, aumentando os riscos para a produção e exportação de petróleo, o que poderia afetar o equilíbrio econômico global.

Além disso, o mercado aguarda a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre os juros nos Estados Unidos, prevista para quarta-feira (18 de junho). A expectativa é que o banco central norte-americano mantenha a taxa inalterada, diante da desaceleração nas vendas do varejo e da cautela dos consumidores.

Cenário no Brasil: juros e IOF em debate

No Brasil, o Banco Central também divulgará sua decisão sobre a Selic nesta quarta-feira. Analistas estão divididos entre a manutenção da taxa em 14,75% e uma possível elevação de 0,25 ponto percentual, como forma de conter a inflação.

Outra questão que preocupa investidores é a tentativa do governo federal de aumentar as alíquotas do IOF. A Câmara dos Deputados aprovou um requerimento de urgência para votação de uma proposta que pode derrubar o decreto do Executivo sobre o tema, gerando instabilidade nas projeções econômicas.

Trump deixa reunião do G7 e aumenta incertezas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abandonou antecipadamente a cúpula do G7, no Canadá, alegando que sua prioridade é o conflito no Oriente Médio. Ele alertou que todos em Teerã devem recuar, sugerindo que apoia uma ofensiva israelense contra o Irã.

Essa postura eleva os temores de sanções e turbulências no comércio global, especialmente para países emergentes, como o Brasil, que podem sofrer impactos diretos nas exportações e na valorização do dólar.

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