O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta segunda-feira (14) que pretende abrir mão do mandato parlamentar e permanecer nos Estados Unidos, alegando que sua presença fora do país representa um “sacrifício em nome da liberdade”. A declaração foi feita em entrevista em meio ao encerramento de sua licença, que se encerra no próximo domingo.
Eduardo disse que não pretende retornar ao Brasil enquanto o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tiver possibilidade de determinar sua prisão. O parlamentar indicou que enfrenta risco jurídico e possível extradição, caso volte ao território nacional.
Segundo o deputado, ele seria alvo de perseguição política por parte do STF e parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT). Em suas palavras, o retorno ao país seria um “erro”, comparando sua situação à de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, que foi preso preventivamente durante investigações sobre os atos de 8 de janeiro.
Eduardo ainda desafiou Alexandre de Moraes a emitir uma condenação à revelia e enviar um pedido formal de extradição aos EUA. Apesar da decisão, afirmou que ainda não informou seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, sobre a renúncia.
Mesmo fora do país, o parlamentar afirmou que continuará “trabalhando pela causa” nos Estados Unidos. Ele citou a organização de eventos com líderes religiosos, como o realizado na Califórnia, e anunciou nova atividade em Miami, no dia 26 de julho. Eduardo também declarou que tem recebido apoio constante nas redes sociais e pretende seguir com ações de mobilização política internacional.
A possível cassação de seu mandato segue em tramitação no Congresso Nacional após denúncias relacionadas aos protestos de 2023 e à articulação contra decisões do STF.
