Empresas europeias pressionam por acordo comercial após ameaça de tarifas dos EUA

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REUTERS/Wolfgang Rattay © Thomson Reuters
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Após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que pretende aplicar uma tarifa de 30% sobre as importações da União Europeia a partir de 1º de agosto, empresas europeias intensificaram os apelos por um acordo comercial urgente com Washington. A medida, que também inclui o México, provocou queda nas ações de setores como automóveis e bebidas alcoólicas, considerados os mais afetados.

Impacto imediato no mercado

Fabricantes como Volkswagen, Stellantis, Renault, BMW, Mercedes-Benz e Porsche registraram perdas entre 1% e 2% nas bolsas europeias. Produtores de vinhos e destilados também alertaram que a tarifa seria “desastrosa” para o setor.

Reações e apelos por negociação

Volker Treier, chefe de comércio da Câmara de Comércio da Alemanha (DIHK), classificou a escalada tarifária como uma “séria ameaça” e pediu negociações duras para evitar o colapso do comércio transatlântico. Ele reforçou que “somente uma Europa unida pode defender efetivamente seus interesses econômicos”.

Carta de Trump à UE

Em carta enviada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Trump afirmou que a tarifa de 30% seria “separada de todas as tarifas setoriais”, indicando que a taxa de 27,5% sobre automóveis, vigente desde abril, permaneceria.

Caminhos para evitar o conflito

Apesar da tensão, autoridades europeias ainda acreditam na possibilidade de um acordo antes do prazo. A UE adiou suas tarifas retaliatórias até agosto e sinalizou disposição para continuar as negociações

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