Empresas sul-coreanas oferecem bônus para estimular natalidade

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Uma criança lê um livro no Seoul Plaza em Seul, Coreia do Sul • 23/04/23 - Wang Yiliang/Xinhua/Getty Images

Diante da queda histórica na taxa de natalidade, a Coreia do Sul tem adotado medidas inéditas para enfrentar sua crise demográfica. Em 2023, o país registrou apenas 0,72 filhos por mulher, número muito abaixo do índice necessário para reposição populacional, que é de 2,1. O envelhecimento acelerado da população ameaça a sustentabilidade econômica e social, e levou o governo a declarar o cenário como uma emergência nacional.

Além das políticas públicas já existentes  como subsídios por filho, auxílio-moradia, licenças remuneradas e creches acessíveis — grandes empresas sul-coreanas passaram a oferecer incentivos financeiros diretos aos funcionários que decidirem ter filhos. A construtora Booyoung, por exemplo, anunciou bônus de até US$ 72 mil por criança nascida, com possibilidade de aplicação retroativa para famílias que já têm filhos.

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Outras corporações também aderiram à iniciativa, criando pacotes de benefícios voltados à conciliação entre vida profissional e familiar. A estratégia busca não apenas estimular o crescimento populacional, mas também garantir a retenção de talentos em um mercado de trabalho cada vez mais escasso.

Estima-se que, até 2050, cerca de 40% da população sul-coreana terá 65 anos ou mais, o que representa uma das maiores proporções de idosos no mundo. A preocupação com a falta de mão de obra levou o setor privado a agir, reconhecendo que a recuperação demográfica é essencial para a estabilidade futura.

Dados recentes indicam que a taxa de fertilidade subiu para 0,75 em 2024, sinalizando os primeiros efeitos das ações conjuntas entre governo e empresas. Especialistas alertam, no entanto, que mudanças culturais profundas ainda serão necessárias para sustentar esse avanço.

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