Estudo aponta relação entre cannabis potente e risco de esquizofrenia

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Foto de mulher borrada • Getty Images

Pesquisadores identificaram aumento significativo na associação entre o uso de cannabis de alta potência e o desenvolvimento de esquizofrenia em jovens adultos. A análise foi conduzida com base em dados clínicos e neuroimagem, que indicam alterações no sistema endocanabinoide do cérebro durante o período de maturação neural, especialmente entre os 15 e 25 anos.

O composto delta-9-tetrahidrocanabinol (THC), principal agente psicoativo da cannabis, pode interferir na regulação de neurotransmissores e na migração de neurônios, afetando diretamente funções cognitivas e emocionais. Estudos apontam que a potência atual da substância é até 20 vezes superior à registrada na década de 1970, o que eleva o risco de efeitos adversos em usuários frequentes.

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A esquizofrenia é caracterizada por delírios, alucinações, paranoia, fala desorganizada e isolamento social. Embora não haja cura, o tratamento com antipsicóticos e terapias comportamentais pode reduzir significativamente os sintomas. A adesão ao tratamento, no entanto, é dificultada por fatores como anosognosia — a falta de consciência da própria condição — e efeitos colaterais dos medicamentos.

Além da cannabis, fatores como genética, complicações na gestação, trauma psicológico e estresse também são considerados gatilhos para o transtorno. A esquizofrenia afeta cerca de 24 milhões de pessoas no mundo e é considerada uma das doenças mentais mais incapacitantes, com impacto direto na qualidade de vida e expectativa de sobrevivência.

Especialistas discutem a possibilidade de renomear o transtorno para reduzir o estigma e facilitar o diagnóstico precoce. Termos como “síndrome de percepção alterada” e “transtorno de integração neuroemocional” têm sido propostos em fóruns acadêmicos e pesquisas públicas.

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