O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, declarou nesta terça-feira (29) que países que mantêm comércio energético com a Rússia podem ser alvos de tarifas de até 100%. A medida depende da aprovação do Congresso norte-americano, que já manifestou apoio à imposição de sanções secundárias.
O Brasil, entre outros parceiros comerciais, pode ser atingido pelas novas diretrizes, que fazem parte de um esforço do governo dos EUA para ampliar as sanções contra aliados econômicos de Moscou. A China, principal compradora de petróleo russo, está no centro das discussões.
Durante entrevista concedida na Suécia, Bessent afirmou que o objetivo é penalizar países que financiam o governo russo indiretamente por meio de importações energéticas. Ele ressaltou que o Senado americano já autorizou a aplicação das tarifas e que o Executivo avalia como viabilizar sanções sem comprometer o fornecimento global.
Além das tarifas, os EUA buscam reequilibrar as relações comerciais com a China, especialmente em setores estratégicos como tecnologia e energia. A Casa Branca estuda uma pausa de 90 dias na guerra tarifária e novos termos comerciais estão sendo negociados.
A iniciativa também envolve a retomada do fornecimento de ímãs de terras raras pela China, interrompido em meio a restrições impostas pelos EUA sobre chips. Em paralelo, Washington pressiona por acordos que permitam trazer empresas de volta ao território americano, com foco nas indústrias de semicondutores e farmacêutica.
