O governo dos Estados Unidos instituiu uma nova taxa de US$ 250 para emissão de vistos de turismo. A medida faz parte de um pacote tributário sancionado pelo presidente Donald Trump no início de julho, e eleva o valor total da solicitação para US$ 435 (cerca de R$ 2.419), mais que o dobro do custo atual de US$ 185.
A legislação estabelece que a tarifa extra poderá sofrer alterações ou ser reembolsada em condições específicas, a critério da Secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem. Apesar da aprovação, não há data definida para o início da cobrança, e a embaixada dos EUA no Brasil ainda não se pronunciou oficialmente.
O processo para obtenção do visto norte-americano exige o preenchimento do formulário DS-160 no site oficial. Após o envio, o solicitante deve pagar a taxa MRV e realizar dois agendamentos: um no Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto (CASV) e outro na Embaixada ou Consulado, onde será realizada a entrevista.
No CASV, são coletadas digitais e fotografia, e é necessário apresentar o passaporte atual, página de confirmação do formulário DS-160 e do agendamento. A entrevista subsequente requer agendamento prévio, e os solicitantes devem estar munidos dos documentos exigidos.
Se aprovado, o visto pode ser retirado pessoalmente ou enviado por correio, conforme opção indicada no cadastro. A nova taxa de US$ 250 será cobrada no momento da emissão do visto, conforme informado pelo governo norte-americano.
Especialistas do setor alertam para possíveis impactos na demanda de vistos entre brasileiros, especialmente diante da instabilidade comercial entre os dois países e da imposição de tarifas sobre produtos brasileiros.
Operadores avaliam que o aumento pode dificultar o acesso ao turismo internacional para famílias de renda média, além de refletir tensões diplomáticas associadas às recentes decisões do governo norte-americano.