Durante visita oficial a Quito nesta quinta-feira (4), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que Washington está disposto a avaliar o envio de tropas ao Equador, caso receba um convite formal do governo equatoriano. A declaração marca uma possível retomada da presença militar americana no país, encerrada em 2009 após decisão do então presidente Rafael Correa.
“Se eles nos convidarem a retornar, consideraremos isso com muita seriedade, porque é um pedido de um aliado em uma região muito estratégica do mundo”, disse Rubio em coletiva de imprensa.
A fala ocorre em meio ao fortalecimento das relações bilaterais desde a chegada de Daniel Noboa à presidência do Equador. Diferente de seu antecessor, Noboa tem adotado uma postura mais alinhada aos Estados Unidos, especialmente em temas como segurança regional e combate ao narcotráfico.
Reforma constitucional e apoio financeiro
O presidente equatoriano está conduzindo uma reforma constitucional para permitir novamente a instalação de bases militares estrangeiras no país. A medida busca ampliar a cooperação com os EUA em áreas sensíveis, como inteligência e operações contra o tráfico de drogas.
Durante o encontro, Rubio anunciou um pacote de mais de US$ 13 milhões em apoio financeiro ao Equador, destinado ao enfrentamento da criminalidade e à repressão ao narcotráfico.
“O Equador está enfrentando uma ameaça externa como nunca foi enfrentada por qualquer administração anterior”, afirmou o secretário.
A reaproximação entre os dois países ocorre em um momento de crescente instabilidade na América Latina, com o Equador enfrentando altos índices de violência ligados a facções criminosas e cartéis internacionais.