A escalada na guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China atingiu novos níveis nesta quarta-feira (9). O presidente norte-americano Donald Trump fez declarações incisivas contra Pequim, acusando o país asiático de “passar a perna nos Estados Unidos ao longo dos anos” e prometendo retaliar da mesma forma. Durante um jantar do Comitê Nacional Republicano, na noite de terça-feira (8), Trump reafirmou sua política de tarifas recíprocas, aumentando os impostos sobre produtos chineses para 104%.
Por sua vez, o governo chinês respondeu às acusações com críticas severas, classificando as ações dos EUA como “bullying” e “atos intimidatórios”. O ministro das Relações Exteriores da China afirmou que o país nunca aceitará medidas hegemônicas e prometeu continuar a retaliar até o fim. Nesta mesma quarta-feira, Pequim aumentou novamente as tarifas sobre produtos norte-americanos, que agora chegam a 84%.
Os impactos econômicos da disputa já são visíveis. Bolsas asiáticas e europeias fecharam em queda generalizada, enquanto o mercado norte-americano registra perdas trilionárias desde o início das tarifas. As gigantes da tecnologia, como Apple, Microsoft e Tesla, viram suas avaliações encolherem significativamente.
A guerra comercial e tarifária entre os dois países não demonstra sinais de trégua, com ambas as partes reafirmando suas posturas combativas. Especialistas apontam para o risco de um impacto prolongado na economia global, conforme as tensões continuam a crescer.
Fonte: Redação