A disputa internacional pelo domínio da inteligência artificial (IA) ganhou novos contornos nesta terça-feira (15), com declarações incisivas de David Sacks, conselheiro especial do presidente Donald Trump para IA e criptomoedas. Em entrevista à Fox News, Sacks afirmou que perder a liderança tecnológica para países como a China poderia provocar uma mudança profunda no equilíbrio geopolítico global.
“Se perdermos a corrida da IA para a China, isso poderá alterar o equilíbrio de poder mundial de forma desfavorável para os EUA. Temos que vencer essa corrida”, disse Sacks.
China avança, mas EUA ainda têm vantagem estratégica
Sacks destacou que a China já forma metade dos pesquisadores de IA do planeta, o que representa uma vantagem competitiva. No entanto, ele acredita que os EUA ainda podem liderar o setor se conseguirem transformar sua tecnologia em padrão global, especialmente por meio de empresas como Nvidia, que têm infraestrutura, capital e apoio político para dominar o mercado.
“Queremos que a tecnologia americana seja o padrão global. Isso significa exportar, vencer e garantir que o mundo inteiro use nossas soluções”, explicou.
Trump anuncia investimentos em IA e energia
No mesmo dia, Trump participou de um evento na Pensilvânia sobre energia e inovação, onde anunciou novos investimentos em data centers de IA e na modernização da rede elétrica. A iniciativa faz parte de sua estratégia de combinar abundância energética com inovação tecnológica para garantir o protagonismo dos EUA.
“O destino dos Estados Unidos é dominar todos os setores e ser a superpotência número um em inteligência artificial”, declarou o presidente.
Corrida tecnológica e tensões geopolíticas
A disputa pela IA já ultrapassa os limites da ciência e se tornou um elemento central da rivalidade entre potências. A China investe fortemente em educação, infraestrutura digital e militarização da IA, buscando consolidar um modelo autônomo e exportável. Enquanto isso, países como o Brasil também reconhecem a urgência de se posicionar estrategicamente nesse campo.
O que vem pela frente
- Trump deve apresentar seu AI Action Plan em discurso no dia 23 de julho, em Washington
- O plano inclui incentivos à indústria, flexibilização regulatória e expansão energética
- A FIFA, segurança cibernética e soberania digital devem ser temas centrais em fóruns internacionais nos próximos meses.