Kim Keon Hee, ex-primeira-dama da Coreia do Sul, começou nesta quarta-feira (13) a cumprir pena no Centro de Detenção de Seul Nambu, após ser presa por suspeita de corrupção, suborno e manipulação de ações. A prisão foi autorizada por um tribunal sul-coreano, que considerou o risco de destruição de provas durante a investigação.
A cela onde Kim está detida possui uma mesa multifuncional e um colchão no chão, padrão para detentas da unidade. Ela terá acesso a um banheiro compartilhado e poderá se exercitar ao ar livre por uma hora diária, exceto aos domingos. A rotina será ajustada para evitar contato com outras presas, devido à sua notoriedade pública.
Kim não se alimentou desde a noite anterior à prisão e apresentou sinais de mal-estar, segundo seus advogados. Ainda não está confirmado se ela comparecerá ao próximo interrogatório marcado para quinta-feira (14).
Antes da prisão, Kim vivia em um apartamento de luxo em Seul e era considerada uma figura influente na carreira política do marido, o ex-presidente Yoon Suk Yeol, atualmente também preso sob acusação de tentativa de insurreição. A maior parte dos bens do casal está registrada em nome de Kim, que atuava como empresária e curadora de arte.
A investigação contra Kim envolve supostos presentes recebidos em troca de favores políticos e financeiros. Seus advogados negam todas as acusações e classificam os relatos como especulativos. A prisão marca um novo capítulo na crise política que envolve o casal, cuja trajetória foi marcada por escândalos e controvérsias desde a eleição presidencial de 2022.