Na manhã desta segunda-feira (19 de maio), uma mulher foi presa dentro de uma unidade da academia Smart Fit, em Manaus, acusada de se passar por médica pediatra e de afirmar falsamente ser sobrinha do prefeito da capital amazonense, David Almeida (Avante).
A prisão foi realizada por policiais civis do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) como parte da Operação Azoth, que investiga fraudes e crimes contra a saúde pública.

De acordo com as investigações da Polícia Civil do Amazonas, a mulher oferecia atendimentos médicos a gestantes, incluindo aquelas com fetos cardiopatas, e também a crianças com doenças cardíacas graves. Tudo isso sem possuir qualquer formação médica ou registro profissional no Conselho Regional de Medicina (CRM).
Além da prática ilegal da medicina, a suspeita utilizava o falso parentesco com o prefeito para acessar áreas restritas da administração pública, levantando suspeitas sobre possíveis tentativas de obter vantagens indevidas e influências políticas.

Em uma das publicações analisadas pelas autoridades, a mulher aparece ainda na infância no colo de David Almeida, o que ajudava a dar veracidade à falsa narrativa de proximidade familiar com o prefeito. Outras imagens mostram a mulher usando jaleco em plantões hospitalares no Hospital João Lúcio e no Hospital Getúlio Vargas, dois dos principais centros de saúde pública do estado.
A suspeita foi conduzida ao 1º DIP, onde será ouvida pelas autoridades e apresentada à imprensa em coletiva marcada ainda para esta segunda-feira.
A Polícia Civil informou que o caso está sendo tratado com extrema gravidade, dada a complexidade da fraude e os riscos impostos à saúde pública. A operação continua em andamento, e novas diligências devem ser realizadas nos próximos dias para apurar se há outras pessoas envolvidas no esquema.
A Secretaria Municipal de Saúde e os hospitais mencionados devem colaborar com a investigação para verificar como a mulher conseguiu acesso a ambientes hospitalares e se chegou a realizar atendimentos clínicos de fato.
A população é orientada a denunciar casos semelhantes por meio do disque-denúncia da Polícia Civil (181), com garantia de anonimato.
Fonte: Redação