A morte da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, segue cercada de questionamentos. A família da jovem responsabiliza o guia turístico, a empresa de excursão e as autoridades locais por supostas falhas no resgate e omissão de socorro. O caso ocorreu na madrugada do dia 21 de junho.
Segundo relato do pai da vítima, Juliana comunicou ao guia que estava cansada. O profissional teria pedido que ela se sentasse e se afastou do grupo para fumar. Ao retornar, não encontrou mais Juliana. Ela havia caído de um penhasco. O acidente ocorreu por volta das 4h da manhã. A vítima só foi avistada novamente às 6h08, quando o guia gravou um vídeo e enviou ao responsável pela excursão.
A equipe do parque acionou uma brigada de primeiros socorros às 8h30. A chegada ao local ocorreu apenas às 14h. O único equipamento utilizado, segundo a família, foi uma corda improvisada. O guia ainda teria tentado descer sem ancoragem. A Defesa Civil da Indonésia (Basarnas) só foi acionada no fim da tarde e teria alcançado a área do acidente por volta das 19h.
Juliana foi localizada sem vida dois dias depois. O laudo médico apontou hemorragia interna causada por trauma no tórax. A morte teria ocorrido entre 12 e 24 horas antes da remoção do corpo, realizada na quarta-feira (25).
Os pais da jovem acusam a empresa de vender a trilha como “passeio fácil” e apontam responsabilidade direta do guia e da administração do parque por não acionarem o resgate imediatamente. Eles pretendem acionar a Justiça em busca de responsabilização. A Prefeitura de Niterói, cidade natal da vítima, custeou o traslado do corpo e anunciou a criação de um memorial com o nome de Juliana.