Centenas de pessoas se reuniram nesta sexta-feira (5) em diversas cidades de Israel para protestar contra a nova ofensiva militar na Faixa de Gaza. As manifestações foram organizadas pelo Fórum das Famílias dos Reféns e marcam os 700 dias desde o início da operação israelense no território palestino.
Na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, ativistas exibiram uma placa com a palavra “SOS” ao lado de uma ampulheta, simbolizando a urgência na libertação dos 48 reféns ainda mantidos pelo Hamas. Em Kiryat Gat, no sul do país, Silvia Cunio, mãe de dois reféns, criticou a condução da guerra e pediu o retorno imediato dos filhos. Arbel Yehud, libertada em uma troca anterior, relatou o sofrimento vivido em cativeiro e alertou para o risco de morte dos reféns com o avanço das tropas.
O Exército israelense alertou que a nova ofensiva na Cidade de Gaza pode aumentar a exposição dos reféns a ataques e dificultar sua localização. A operação foi retomada após o rompimento de um acordo de cessar-fogo firmado em janeiro, que previa a troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses.
Na quinta-feira (4), o Hamas divulgou um vídeo com dois reféns, incluindo Guy Gilboa-Dalal, que aparece pedindo ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que interrompa os bombardeios. A autenticidade das imagens ainda não foi confirmada, mas familiares pediram que elas não fossem reproduzidas pela imprensa.
A campanha militar iniciada em outubro de 2023 já resultou em mais de 64 mil mortes na Faixa de Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde local. A ofensiva é alvo de denúncias internacionais por supostos crimes de guerra e genocídio, atualmente em análise pelo Tribunal Internacional de Justiça.