As autoridades norte-americanas continuam mobilizadas na busca pelo responsável pelo assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, morto na quarta-feira (10) durante um evento na Universidade Utah Valley. Segundo o FBI, o atirador fugiu por uma área residencial próxima ao campus logo após o disparo fatal.
Na manhã de quinta-feira (11), policiais localizaram o fuzil de alta precisão usado no crime em um bosque próximo à universidade. Imagens de câmeras de segurança mostram o rosto do suspeito, descrito como um jovem em “idade universitária” que teria se infiltrado entre os estudantes. As imagens ainda não foram divulgadas publicamente.
Dinâmica do atentado e reações imediatas
Kirk foi atingido no pescoço enquanto respondia a uma pergunta sobre tiroteios nos Estados Unidos. Sua resposta — “Contando ou não a violência de gangues?” — foi interrompida pelo disparo que o derrubou da cadeira. Ele foi socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Vídeos do momento do ataque circulam nas redes sociais e foram compartilhados por figuras como a deputada Marjorie Taylor Greene. A polícia de Utah confirmou que investiga múltiplas cenas de crime relacionadas ao caso.
Contradições e pressão sobre autoridades
Dois suspeitos chegaram a ser detidos, mas foram liberados por falta de ligação com o crime. O diretor do FBI, Kash Patel, inicialmente anunciou a prisão de um suspeito, mas voltou atrás horas depois, gerando frustração pública e críticas à condução da investigação.
Agentes federais realizam buscas de porta em porta e pedem colaboração da população local. O governador de Utah, Spencer Cox, classificou o caso como “assassinato político” e afirmou que buscará aplicar a pena máxima prevista em lei — incluindo a pena de morte, ainda vigente no estado.
Perfil de Charlie Kirk e contexto político
O atentado ocorre em um cenário de crescente polarização nos Estados Unidos. Desde a invasão do Capitólio em 2021, mais de 300 episódios de violência política foram registrados. Charlie Kirk, de 31 anos, era fundador da organização conservadora Turning Point USA, presente em mais de 3.500 instituições de ensino. Ele foi uma figura central na mobilização jovem em apoio ao presidente Donald Trump nas eleições de 2016 e 2024.
Com mais de 14 milhões de seguidores nas redes sociais, Kirk era conhecido por sua defesa do porte de armas, críticas à esquerda e alinhamento ao movimento “Make America Great Again” (MAGA). Sua morte gerou comoção nacional e internacional, com líderes políticos de diferentes espectros condenando o ataque.
