O ex-presidente Fernando Collor de Mello, de 75 anos, segue cumprindo pena em regime fechado na unidade prisional Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió, Alagoas. A decisão foi mantida após audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (25), na qual o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou o pedido de prisão domiciliar apresentado pela defesa do político. Collor foi condenado a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em um esquema envolvendo a BR Distribuidora e a UTC Engenharia.
A defesa de Collor argumenta que o ex-presidente sofre de problemas de saúde, incluindo Parkinson, apneia grave e transtorno bipolar, condições que, segundo os advogados, dificultam sua permanência no regime fechado. O pedido de prisão domiciliar foi apresentado ao STF com base nesses argumentos, mas o ministro Alexandre de Moraes determinou que a unidade prisional informe se possui condições de oferecer o atendimento médico necessário ao ex-presidente. A decisão final dependerá da análise dessa resposta e de uma possível perícia médica vinculada ao tribunal.
Collor foi condenado por receber vantagens ilícitas no valor de R$ 20 milhões, em troca de apoio político para facilitar contratos com a BR Distribuidora. A condenação, que faz parte das investigações da Operação Lava Jato, incluiu ainda a proibição de exercer cargos públicos por um período equivalente ao dobro da pena. A defesa apresentou recursos ao STF, mas a maioria dos ministros considerou os argumentos insuficientes para reverter a condenação.
A prisão de Collor marca mais um capítulo na trajetória do ex-presidente, que já havia enfrentado um processo de impeachment em 1992. O caso reforça a importância do combate à corrupção no Brasil e levanta debates sobre a adequação do sistema prisional para atender a detentos com condições de saúde delicadas. Enquanto aguarda a decisão do STF sobre o pedido de prisão domiciliar, Collor permanece em cela especial no presídio de Maceió.
Fonte: Redação