O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza informou nesta terça-feira (2) mais 13 mortes por fome e desnutrição, incluindo três crianças. Com os novos registros, o número de vítimas relacionadas à escassez alimentar chega a 361, sendo 130 menores de idade. A situação se agrava em meio a intensos bombardeios israelenses, que mataram pelo menos 78 palestinos desde o amanhecer, segundo fontes médicas ouvidas pela TV Al Jazeera — 42 deles na Cidade de Gaza.
Entre os mortos, 20 pessoas estavam em busca de ajuda humanitária, segundo relatos de hospitais locais. As forças israelenses intensificaram as ofensivas para tomar a Cidade de Gaza, emitindo alertas de evacuação iminente.
Acusações de genocídio e ação na Corte Internacional
Israel enfrenta acusações de genocídio na Faixa de Gaza, onde mais de 63 mil pessoas morreram desde outubro de 2023, conforme dados do Ministério da Saúde palestino. Em dezembro do mesmo ano, a África do Sul apresentou uma queixa formal à Corte Internacional de Justiça (CIJ), solicitando medidas provisórias diante de atos considerados genocidas.
A denúncia sustenta que as ações militares e omissões de Israel violam a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio. Israel nega as acusações e afirma que age em legítima defesa contra ataques terroristas. O Brasil declarou apoio à iniciativa sul-africana.
Determinação da CIJ e cenário atual
Em janeiro de 2024, a CIJ determinou que Israel adotasse medidas para prevenir atos genocidas, punisse incitadores e garantisse o acesso à ajuda humanitária em Gaza. No entanto, o tribunal não acatou o pedido de suspensão imediata das operações militares. O processo segue em andamento, com apoio de diversos países, incluindo o Brasil.