Formigamento recorrente pode sinalizar distúrbios neurológicos e vasculares

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Imagem: Divulgação

O formigamento corporal, sensação descrita como pequenos choques ou agulhadas sob a pele, é um alerta comum do organismo e pode indicar muito mais do que desconforto temporário. Embora frequentemente causado por posturas que comprimem nervos ou interrompem a circulação, quando recorrente, o sintoma pode refletir distúrbios graves.

Entre os quadros neurológicos mais associados ao formigamento persistente estão a esclerose múltipla, a neuropatia periférica e a compressão medular. Essas condições envolvem danos à condução elétrica dos nervos, provocando sensações anormais e, em alguns casos, perda parcial de mobilidade.

Problemas vasculares também figuram entre as causas. O estreitamento das artérias reduz o fluxo sanguíneo e pode gerar episódios de parestesia em membros inferiores ou extremidades. Diabetes, tromboses e doenças autoimunes são fatores de risco que agravam o sintoma ao longo do tempo.

Em situações agudas, como após traumas físicos ou exposição prolongada ao frio, o formigamento é desencadeado por alterações rápidas na função nervosa. Já causas psicológicas, como crises de ansiedade, também podem provocar a sensação, associada a hiperventilação e descarga de adrenalina.

O acompanhamento médico é essencial quando o formigamento se torna frequente, afeta apenas um lado do corpo ou vem acompanhado de fraqueza muscular, visão turva ou dificuldade de fala. Esses sinais podem representar eventos como AVCs ou surtos neurológicos, que exigem diagnóstico e tratamento imediato.

Evitar roupas apertadas, manter hábitos posturais saudáveis e realizar exercícios físicos regulares são medidas que reduzem a incidência do sintoma. Mas diante da persistência, negligenciar o formigamento pode significar ignorar o primeiro sinal de uma condição mais grave.

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