O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) apresente explicações em até 15 dias sobre declarações feitas contra a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Gayer está sendo investigado por supostos crimes de injúria e difamação, após fazer comentários considerados ofensivos.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar afirmou que Lula teria oferecido Gleisi como um “cafetão oferece sua funcionária em uma negociação entre gangues”. Além disso, Gayer fez outras declarações polêmicas envolvendo o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), namorado de Gleisi. Ele insinuou que Lindbergh aceitou que sua esposa fosse “oferecida” e chegou a publicar comentários sobre uma hipotética relação entre Gleisi, Lindbergh e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), descrevendo-a como um “trisal”.
Lindbergh Farias apresentou queixa-crime ao STF, alegando que as declarações desrespeitam não apenas a dignidade da ministra, mas também sua própria reputação. Na peça enviada ao Supremo, ele destaca que os comentários de Gayer equivalem a equiparar Gleisi Hoffmann a uma “garota de programa”. A defesa do parlamentar ainda não se manifestou sobre o caso.
A situação gerou ampla repercussão, reacendendo discussões sobre limites da liberdade de expressão e ataques contra figuras públicas, especialmente mulheres em cargos de destaque.
Fonte: Redação