Gérard Depardieu é condenado a 18 meses de prisão por agressões sexuais

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Gerard Depardieu é julgado na França por agressões sexuais — Foto: REUTERS/Stephanie Lecocq

O ator e cineasta francês Gérard Depardieu, de 76 anos, foi condenado nesta terça-feira (13 de maio) a 18 meses de prisão por crimes de agressão sexual, segundo decisão de um tribunal francês. Apesar da condenação, ele não cumprirá a pena imediatamente.

As acusações contra Depardieu

O tribunal considerou Depardieu culpado por ter agredido sexualmente duas mulheres em um set de filmagem em 2021. As vítimas são uma cenografista de 54 anos e uma assistente de 34 anos, que relataram ter sido apalpadas pelo ator durante as gravações do filme “Les Volets Verts”, dirigido por Jean Becker.

Durante o julgamento, que durou quatro dias, Depardieu negou as acusações, mas admitiu ter usado linguagem vulgar e sexualizada no set de filmagem. Ele também reconheceu que agarrou os quadris de uma das vítimas durante uma discussão, mas alegou que seu comportamento não tinha intenção sexual.

Consequências da condenação

Além da pena de prisão, o tribunal determinou que Depardieu seja incluído no cadastro nacional de criminosos sexuais e que pague uma indenização de 29.040 euros (cerca de R$ 183.300) às vítimas.

O ator não compareceu à audiência desta terça-feira. Ele já enfrentava diversas acusações de violência sexual nos últimos anos e se tornou uma das figuras mais proeminentes do cinema francês a ser investigada no contexto do movimento #MeToo.

Repercussão no cinema francês

Depardieu, que tem mais de 200 filmes e séries no currículo, foi indicado ao Oscar em 1991 por sua atuação em “Cyrano de Bergerac”. No entanto, sua reputação tem sido abalada por um número crescente de denúncias de assédio e agressão sexual.

A atriz Brigitte Bardot, ícone do cinema francês, chegou a defender Depardieu antes do veredicto, afirmando que ele deveria poder “seguir com sua vida”.

A condenação do ator reforça a resposta do cinema francês às denúncias de violência sexual, colocando em evidência a necessidade de maior fiscalização e punição para casos de abuso na indústria cinematográfica.

Fonte: Redação
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